sábado, 16 de junho de 2012

Colégio Metropolitano - Oitenta anos de tradição.

O Meyer, nos seus cento e vinte e três anos de fundação, tem muitas histórias alvissareiras para contar. Uma delas é a do carismático Colégio Metropolitano  que com seus oitenta anos é referência educacional do bairro.
            No passado era Vila Julieta, depois Gymnasio Metropolitano. Mais tarde, graças ao empenho do jovem casal, Adauto Miranda Raposo da Câmara e Wanda Zaremba, oriundo do Rio Grande do Norte, que chegou à Cidade Maravilhosa, cheio de sonhos:  surgiu o tradicional Colégio Metropolitano.
            Quando criança, ao passar de bonde “Boca do Mato”, pelo mesmo, meus olhos contemplavam o colégio e aquelas crianças ostentando um castelinho estampado na blusa circundado pelo nome do colégio me encantava.
            Sempre acalentei o sonho de ingressar no “castelo da instrução”, porém não foi possível. Muitos amigos que estudaram no referido colégio galgaram importantes profissões.
                        Quando ele se instalou no Meyer o bairro  tinha quarenta e três anos, foram dois jovens: Meyer e Colégio Metropolitano caminhando lado a lado como se trocassem  idéias para cada vez mais crescerem com categoria.
            Quando o Metropolitano cedeu espaço para o grande empreendimento: o Shopping Center do Meyer – o primeiro do Brasil – mudou de endereço, porém não mudou sua qualidade de ensino e três unidades surgiram seguindo a tradição.
            O sonho de transpor a porta do castelinho,  não me coube, mas a meu neto. É motivo de júbilo para o Meyer, moradores e alunos vivenciarmos os oitenta anos de um colégio muito querido fundado pelo  Prof. Adauto Câmara e pela carismática Sra. Wanda Zaremba que, ao tecer a primeira rede para os esportes, estava tecendo uma rede de carinho e amizade ao Meyer.

Colégio Metropolitano, desde 1932 fazendo escola)

Apresentamos um pouco da história do Colégio Metropolitano, extraída da Publicação Catálogo Colégio Metropolitano
Em 1932, Dr. Adauto Miranda Raposo da Câmara,  vindo  de  Natal,  interessou-se por um velho casarão, no Méier, com a finalidade de  transformá-lo  em um  Ginásio, ou, como se escrevia na época, Gymnasio.  Em 1 de junho de 1932, as aulas foram  inauguradas.  Já no ano de 1934, o Gymnasio   Metropolitano, que começara  com  20  alunos,      registrou no começo desse ano, sessenta e um estudantes e,    no final do mesmo ano, cento e noventa e dois, evidência de que sua qualidade começava a ser reconhecida.
Através do Decreto número 744 de 27 de     abril de      1936, assinado pelo então Presidente Getulio Vargas, e por seu Ministro da Educação Gustavo Capanema, o Ginásio Metropolitano, agora dirigido também por Alexandre Dijesu do Couto e Viltoldo Zaremba, adquiria todos os requisitos legais para funcionamento, após o prazo de carência estipulado pela legislação em vigor.
Em 1940, a comunidade do Méier se expandira consideravelmente e o Colégio Metropolitano acompanhou essa expansão de modo que, em 1942, no dia 12 de novembro, a maioridade da instituição foi alcançada, através da autorização, por parte do Exmo. Sr. Presidente da República Getúlio Vargas, após terem sido cumpridas todas as exigências legais e administrativas da época, possibilitando que o título de Colégio fosse acrescido ao nome Metropolitano.
Ao completar seu décimo ano de fundação, o Colégio Metropolitano, sob Inspeção Federal, podia emitir diplomas de conclusão de seus cursos, o que era raríssimo para a época.
Para se desenhar um perfil exato do sucesso do Metropolitano, basta verificar que, no ano de 1942, havia oitocentas e quarenta e três matrículas ativas e, em 1952, 1615 alunos em seus quadros.  Mas era também o ano em que morria seu fundador e primeiro Diretor, Professor Adauto da Câmara.
Em 1954, assumiu a direção o Professor Manoel Jairo Bezerra que empreendeu grande dinamismo, ampliando mais ainda o nível de excelência do Colégio.
Em 1962, dirigia o Colégio Metropolitano o Professor Walter Scott do Carmo que iniciara carreira docente na casa em 1 de julho de 1936 e desde então ficara ligado à Instituição.
A década que vai de 1962 a 1972 foi de grande transformação, sobretudo em razão da mudança de foco da Educação no Brasil, impulsionada pela industrialização e modernização da sociedade brasileira, carente de políticas desenvolvimentistas voltadas para a produção tecnológica.
Com senso de equilíbrio e visão ampla, seus diretores souberam liderar um processo de adequação ao novo contexto, de modo que a população de estudantes, em seu único prédio, na época, ocupava todos os espaços disponíveis.  Eram, em 1962, 1703 alunos e, em 1972, 1840, o que revela um crescimento criterioso que não abalava a qualidade do ensino ministrado. Já por essa época, a liderança do Metropolitano estava, há muito, consolidada, não apenas no bairro, mas também na Cidade.  Vários de seus ex-alunos atuavam com relevância no Magistério, na Administração Pública, na Indústria, nas Letras, nas Artes, na Medicina, enfim, em quase todos os campos do conhecimento do Rio de Janeiro.
Em 1968, assumia a direção do Metropolitano seu atual Diretor, Professor Henrique Zaremba da Câmara.
Em 1977, inaugurou-se o Ginásio de Esportes e, em 1979, foi a vez do prédio em que funcionam as séries iniciais do ensino fundamental.
Na comemoração de seus cinqüenta anos, em 1982, o Colégio Metropolitano atingia mais de 2000 alunos, número que vem mantendo desde então, por ser compatível com a qualidade do que pretende ensinar.
Inaugurou-se, no ano de 1984, o prédio onde funciona o Maternal, o Jardim de Infância e a Classe de Alfabetização.
13 de Maio de 2012 – Morre uma ilustre personagem do Meyer.
D. Wanda Zaremba deixou uma lacuna imensa, partiu rumo ao infinito a saudade ficará mas sua obra será sempre lembrada.
Josepha Barbosa Soares
Wilson Pereira Soares
           

Baú de Recordações-Castro Alves: Poeta, rua e viaduto.

Baú de Recordações
Castro Alves: poeta, rua e viaduto.
Ano 40 – Edição 306/2006
                O Méier homenageia pessoas de relevância que ficaram imortalizaram através dos tempos.
                O poeta Castro Alves tem seu nome no viaduto que liga os dois lados do bairro. A Rua Castro Alves, do lado do Jardim do Méier também o homenageia. Nesta rua há a Biblioteca Popular do Méier – Lima Barreto.
                Nunca é demais relembrarmos um pouco da biografia do consagrado poeta.
                “Antonio de Castro Alves, poeta brasileiro (Muritiba BA 1847 – Salvador BA 1871) a maior figura da terceira geração romântica. Com Gonçalves Dias divide as honras de supremo representante do Romantismo brasileiro. Ingressando na Faculdade de Direito, granjeou imensa popularidade, graças aos seus dotes de poeta e orador, sempre a serviço da causa abolicionista, que lhe inspirou alguns dos mais conhecidos poemas. “Os escravos” (publicação póstuma, 1883). Ainda em Recife, fez amizade com Tobias Barreto, com quem depois polemizou. Em 1866 iniciou ligação amorosa com a atriz Eugenia Câmara, decisiva para sua poesia e vida.
 No início de 1868, já doente, transferiu-se para a Faculdade de Direito de São Paulo, onde se tornou amigo de Rui Barbosa. Antes demorou em Salvador, onde fez representar sua peça teatral Gonzaga ou a Revolução de Minas (publicação póstuma, 1875).  Passou também pelo Rio de Janeiro, onde recebeu os elogios dos dois maiores escritores brasileiros da época: José de Alencar e Machado de Assis. Seguiu enfim para São Paulo matriculando-se na Faculdade de Direito, cujo curso abandonou em fins de 1868.  Já era poeta celebrado quando ocorreu o rompimento com sua amante, o que o abateu profundamente. Para esquecer passou a cultivar o esporte das caçadas e numa delas feriu acidentalmente o pé, afinal amputado.
                Tuberculoso e sob ameaça de gangrena, regressou em 1870 à Bahia, onde apareceu seu único volume de versos publicados em vida: Espumas Flutuantes obra que o consagrou definitivamente. Mas a doença progrediu acabando por leva-lo à morte um ano depois, aos vinte e quatro anos de idade.Deixava esparsa a maioria de sua obra  e inconclusa a que pretendera ser a mais audaciosa empresa de seu gênio poético: “Os Escravos”, conjunto de composições tendo como núcleo temático o problema da escravidão. Seu irmão era Guilherme de Castro Alves, poeta brasileiro (Salvador BA 1852-1877) autor de: “Raios sem luz.”
(Fonte: Grande Enciclopédia Larousse – Volume 6 – página 1242)
Por Josepha Barbosa Soares e Wilson Pereira Soares


Um Carioca muito ilustre está de volta.

Um Carioca ilustre está de volta


Querido Imperator
em 1954 foste aguardado
como um bebê muito esperado.
Nasceste
Teus filmes trouxeram emoções
O Rei em teu show cantou:
“Como é grande o meu amor por você”...

Alegraste o bairro
e depois de tantas glórias
te ausentaste.

A família Meyer
sentida ficou.
havia sempre boatos
de que um dia
voltarias
e de novo
o Meyer se alegraria. 

Agora em 2012
estás voltando
como filho pródigo
e a mesma família
de braços abertos
está festejando.

Mais bonito do que nunca
tens ao  teu lado  um nome consagrado:
João Nogueira,
que alegrou o Meyer
por inteiro.

Que bom Imperator
terás centro cultural
trarás glamour, alegria e lazer
ao nosso bairro.
Com festa
queremos te receber.

Tua volta
É nosso orgulho, podes crer.
Temos que a Deus agradecer
e bendizer
a quantos permitiram
este sonho acontecer. 

Sonho que só podia ser
num dia especial:
“Dia dos Namorados”
onde juras de amor
e carinho
aqui foram trocados.

Imperator, seja bem vindo
a este solo,
para nós,
muito lindo,
o Méier,
que é teu solo também.

Como cantou  o saudoso João Nogueira:
“Você sabe eu sou do Méier”...
“És a capital dos subúrbios da Central”...
e nos deixou uma herança preciosa:
seu “Espelho”: Diogo Nogueira..

(Josepha Barbosa Soares)
12/06/2012