segunda-feira, 8 de abril de 2013

FELIZ "DIA DAS MÃES"


Feliz "Dia das Mães"


                    É muito interessante observarmos como a maioria das mulheres é "xará".  A maternidade é responsável pela magia da palavra Mãe.  Mãe em qualquer idioma traduz amor, repleto dos mais belos sentimentos.
                    Mãe não precisa de sobrenome para ser identificada, o chamado do filho lhe é inconfundível.
                   São três letras apenas, no entanto o significado é imenso, é amor e dedicação de braços dados e de coração aberto.

Feliz "Dia das Mães"
Josepha Barbosa Soares
08 de abril de 2013.



O meu vizinho


O MEU VIZINHO

          Todos os dias, ao acordar, penso logo nele e fico louca para chegar à janela e olhá-lo.
          Quando o dia está chuvoso ou frio, ele não aparece e fico triste por não poder contemplar este vizinho que tanto amo.  Acredito que em casa já desconfiam deste meu amor.
          Ele é bonito e forte e também me retribui o olhar, talvez tenha impetos de acenar ou jogar um beijo em minha direção, talvez não o faça porque sabe que eu não aguentaria tal emoção.  Tenho certeza que ele também me ama e o clima à nossa volta faz com esse amor floresça tal o encanto das árvores e o canto dos pássaros que também que ele adora e quase sempre o céu muito azul é envolvente.
          Temos os mesmos gostos, continuarei enquanto for possível a fitá-lo porque nossa paixão é muito grande.
          Ao deitar também nos olhamos e aceno para ele.  Tenho muita vontade de abraçá-lo, mas a distância não permite.
          Quando eu me mudar ficará mais difícil contemplar este vizinho divino, mas tenho certeza que para onde eu for jamais me esquecerá e eu sempre o amarei.
          Não são todas as pessoas que têm o privilégio de possuirem um vizinho tão importante, tão cobiçado, tão querido!
          Sabem quem é este meu vizinho?


MEU VIZINHO É O CRISTO REDENTOR NO MORRO DO CORCOVADO.

(Josepha Barbosa Ssoares)
06/07/1997
Durante um breve tempo moramos no lindo bairro Jardim Botânico



Homenagem às mães

M  à E

          Mãe, hoje vim te visitar, e ao entrar na sala antiga, onde a saudade ainda fala do dia em que parti, lembro que te deixei chorando e fui correr mundo.  Foram os primeiros vôos deste pássaro aventureiro que existe em mim.  Naquele dia, não soube eu avaliar a tristeza que ali deixei no sentimento dolorido de tuas lágrimas.  Mas que fazer? Se eu precisava voar.  A vida gritava por mim lá fora, a porta das ilusões se abria para mim, e assim achei normal que chorasses. Pensei comigo:- Isso passa, e realmente passou, acabaste por te acostumar com a minha ausência, entendeste por fim que eu tinha um caminho a seguir, um destino a cumprir.
          Sei que choraste outras vezes, quantas nem sei, pois embora não tenha testemunhado esses momentos em que a saudade te falava de mim, ainda assim, senti muitas vezes nas minhas preces, entre as tristezas que a vida me deu, a tua presença amiga entre lágrimas que de meu rosto escorriam ao lembrar das tuas.  Quantas vezes mãe, no tropeço do meu caminho, nas angústias e decepções que me faziam chorar, eu lembrei do teu colo doce, a tua mão amiga, o teu sincero olhar quando me avisavas das maldades do mundo, dos perigos e desilusões que esperavam por mim, e toda noite, sozinho em meu quarto busquei teu afago e consolava-me ao dizer para o vento:- A bênção da minha mãe.  Era como se tu me ouvisses e agasalhasses meu sono, pois sei que naquela hora, tu também elevavas teu pensamento ao Céu e na tua prece pedias a Deus por mim.
          Hoje, volto a esta mesma sala, vejo o mesmo sofá, a mesma mesa, a cristaleira das minhas visões, lembrei dos meus medos, das trovoadas assustadoras.  Tudo estava ali como nos velhos tempos, intocável, cobero de saudades, tudo menos a tua doce presença e um vazio enorme invadiu meu coração.  Senti que o tempo é nada, que as iluões que gritaram por mim lá fora além daquela porta, se desvaneceram foram simples ilusões, meus sonhos voaram no vazio do nada.   Eu voltei, voltei arrependido por te deixar chorando e ir buscar um tempo, que nem me deu tempo de ver que esse tempo acabou.
          Sinto que estás aqui, pois tua presença permanece viva em tudo que tocaste.  Ainda respiro a paz e o perfume das flores que plantaste na minha alma. 
          Queria hoje te ver chorar, chorar sim e muito, pela alegria de me veres voltar, no entanto vejo que já não choras, pois sei, tenho certeza que estás sorrindo, feliz por me veres aqui. Em minha prece, Deus me permite ver-te num jardim florido, ao lado da Virgem Maria entre as flores que só as mães merecem. Francisco Fernandes - Escritor e Artista Plástico. Atelier Arco Iris de Conservatória. Publicado no Jornal Revista Caderno Especial - Barra do Piraí - Maio de 2005.
         
         

          



Conservatória

Conservatória

Saí do Rio
com meu amor
de longa jornada.

Lá do céu
a lua nos acompanhava,
o caminho nos mostrava,
tudo iluminava
e nos abençoava.

Chegamos a Conservatória,
cidade de muita história.
No Balé dos Vagalumes,
pousada abençoada
de 165 anos de construção,
fomos acolhidos
com simpatia e dedicação.

De manhã
o galo cantou
o sol nos acordou
e nos saudou.

Pelas ruas de Conservatória
passeamos e nos encantamos,
com todas as casas e pousadas
bem elaboradas.

Em seus museus
os artistas são venerados
a saudade
descansa e mostra
a beleza das serestas e serenatas.

Na Casa do Poeta,
MOA nos emocionou,
com lindas poesias que recitou,
e os quadros que
sua esposa pintou.

Na Igreja de Santo Antonio,
Marcelo nos mostrou
as relíquias da matriz
e o trabalho dos escravos 
nos encantou.

A linda celebração 
do Diácono Alex
nos tocou o coração.

O artesanato,
os petiscos
e os seresteiros
atraem
pessoas do país inteiro.

Nossos pés tocavam, 
pausadamente,
o calçamento pé-de-moleque,
acompanhando a serenata suavemente.

Os violões vibravam
e os seresteiros lembravam
os BORJES que tanto amaram
aquele pedacinho de céu,
onde cada casa
tem uma plaquinha
com melodias de ternura.

Também o sol
fica sensibilizado
e distribui seu brilho
nas manhãs de domingo
em alegre solarata

A Rua das Flores,
iluminada pela lua,
nos obriga a sonhar
é um convite para amar
e a locomotiva 206
é a estátua
mostrando o passado presente
ao olhar
extasiado do visitante.

O "Túnel que chora"
talvez traduza nas lágrimas
a nossa mágoa
na hora da despedida
do "pedacinho do céu"
que deixamos com saudades
e muito carinho.

Conservatória,
recanto de encanto
e grande magia,
onde se encontram:
música, paz e poesia,
que a todos contagia

(Josepha Barbosa Soares)
22 de março de 2006

Oração do Amor

Oração do Amor

Sabe Cristo, um dia,
numa volta do caminho da vida
a gente se conheceu.
Um primeiro olhar,
um olá sem compromisso...
um encontro ocasional, outro encontro...
tantos encontros que aconteceram depois.
Então a descoberta,
tímida primeira, esperança depois, certeza enfim:
Nós nos amamos!
Você Cristo,
está muito por dentro do contexto de quem ama;
Você é a imagem viva do amor de Deus aos homens.
Então Cristo, que a gente saiba viver este tempo
crescendo na comunhão profunda de amor,
para podermos caminhar juntos pela vida,
em todos os seus momentos.
Cristo,
o nosso amor nos leva a um encontro,
que ultrapassa tempo e espaço
e penetra na eternidade.
Obrigado Cristo, porque
Nós somos um para o outro.

(Autor desconhecido - Extraído de um calendário
Maio 1987)