sábado, 28 de abril de 2012


 

 

E L I S A

12/06/1922 – 26/06/2012

Querida Elisa,

 

         Para nós este é um dia triste, para os Anjos é um dia glorioso recebe-la.

         Sua missão na terra foi brilhante, com seus braços frágeis sempre tinha forças para embalar os pequeninos e muitos e muitos receberam seu colo quente e acolhedor, inclusive seu irmão Wilson que você e Nonato receberam em família.

         Elisa, sua vida é uma linda história de carinho, amor e dignidade.

         Obrigado por termos tido a honra de conhece-la.

         Lembraremos de você sempre com muita saudade, carinho,mas  na certeza de que você está com DEUS.

         Deus a abençoe nesta nova morada.

 

                                                  Josepha



                                        

 

 

sábado, 21 de abril de 2012

A ARTE

A  ARTE

A arte
faz parte da vida.
Está em tudo,
na alegria e na tristeza,
estampadas na escrita, nos quadros.
A maior arte
é saber viver a vida.
(Josepha Barbosa Soares)
"Livro Diário do Escritor - 20/Janeiro/2007


Felicidade

F E L I C I D A D E

Felicidade
é ver
o amanhecer
curtir o entardecer
e no anoitecer
agradecer
a cada dia
o renascer.
(Josepha Barbosa Soares)
"Livro Diário do Escritor - 08/Jan./2007"

O Guarda Noturno - Amigo da População

O Guarda Noturno – Amigo da população

            Os bairros são semelhantes a palcos teatrais, onde acontecem tristezas, alegrias e às vezes, casos hilariantes. Faz parte do dia-a-dia.
            No passado, no Meyer, e em outros bairros, havia o Guarda Noturno, era acolhido com respeito e simpatia, verdadeiro amigo dos moradores, conhecido por toda a redondeza.
As casas exibiam uma plaquinha onde estavam estampadas as letras “VN” cujo significado era Vigilância Noturna e indicava que o imóvel estava filiado ao referido serviço.
             Ao ouvirmos o vigilante apitar estridentemente, sabíamos que o nosso sono estava protegido dos gatunos, aliás, raros na época, pois os mais comuns eram os ladrões de galinhas, mas às vezes esses amigos do alheio apareciam lá pelas tantas e ouvíamos o cacarejar das galinhas que haviam sido despertadas do merecido sono em seu poleiro e colocadas dentro de um saco para um sequestro rumo à panela.
            Quando o Guarda Noturno percebia o movimento diferente corria atrás do larápio que abandonava o fruto da sua infração. As galinhas, caipiras, legorns, carijós, voavam espavoridas soltando penas para todos os lados. Os galos não conseguiam proteger a sua prole e gritavam.
            Os donos das penosas despertavam e, os homens de pijama e as mulheres de camisola, saiam em meio à tamanha confusão, ficando difícil identificar a propriedade, pois as aves estavam assustadas.
            O ladrão era preso, mas às vezes, “pernas pra que te quero”, corria sem parar e ninguém conseguia alcançar.  O guarda apizaguava o reboliço e todos voltavam para casa com seu rico tesouro: as galinhas.
            Certa vez, o Guarda Noturno notou em nossa vila (Rua Maranhão) um movimento diferente, subiu a passos largos apitando.  Verificou que os “valentes” moradores queriam contar o ocorrido, porém todos tapavam o nariz e apontavam para o solo. Barão, o cão de guarda, do Sr. Costa, motorneiro do bonde Boca do Mato, matara um gambá.  O guarda seguiu o exemplo do grupo apertando as narinas. Entretanto, ao ouvir a queixa, não fez cerimônia pegou a pobre infeliz pela cauda e levou-a agradecido ao grupo. Todos ficaram admirados e perguntaram. O que faria com aquele bicho? Ele então respondeu aos moradores: “dará um bom assado”. Todos se olharam perplexos e  agradecidos.
            O cheiro ficou retido no ar durante muito tempo. As pessoas jogavam creolina e se perfumavam como podiam em meio a gargalhadas.
            O Guarda Noturno havia cumprido o seu dever e todos podiam voltar para casa pois o sono tranquilo da comunidade estava assegurado, graças a abnegação daquele profissional dedicado.
Josepha Barbosa Soares
Wilson Pereira Soares

A Importância da Profissão; O Sapateiro

A importância da profissão: O Sapateiro


O Sapateiro sempre foi um profissional muito procurado pelos moradores do bairro.
No Meyer, à rua Vilela Tavares, havia uma oficina onde trabalhava o sapateiro Antônio, italiano. Dava gosto  ver aquele senhor de camisa de meia, muito alva e avental, sentado entre  calçados e  ferramentas, batendo com um martelo o couro que elaboraria seu trabalho.
Um cartaz apresentava a tabela de preços dos serviços: sola, salto, meia-sola, remendo, etc.Sr. Antônio transmitia simpatia. Ia trabalhando e conversando ao mesmo tempo em que tirava os preguinhos entre os dentes, pregando-os na sola do sapato com uma batida certeira.
Outras vezes usava uma agulha apropriada ao tipo de serviço exigido e pespontava o couro previamente furado com uma furadeira que, se não engano, tinha o nome Cibela. O sapato era assim costurado em toda a volta com um fio encerado.
Na época os sapatos não eram muito elaborados, não havia modismo. Guardava-se um par melhor, que chamávamos de “sapato da missa”. Este participava conosco de todas as festas, fazendo nossos pés deslizarem num baile, num teatro, cinema ou outros eventos culturais e de lazer.
Certa vez, quando me dirigia a uma festa, meu “sapato da missa” prendeu o salto na junção dos paralelepípedos da rua Maranhão, quando eu atravessava. Consegui chegar ao outro lado num pé só.  Deixei o trânsito e o fluxo de pessoas diminuírem e o apanhei discretamente. Não sabia se ria ou se chorava. A festa, tão almejada por mim, estava encerrada.
Dias depois, fui à oficina do Sr. Antônio e o sapato voltou à antiga função festiva, por mais um longo período. Os sapatos não eram rejeitados e iam até o “final de carreira”. Eram consertados enquanto fosse possível.
Na escola, imperava o famoso “Tank Colegial”, sapato de couro forte que durava até o final do curso, enquanto o pé entrasse. Passava de geração para geração. Tinha uma chapinhas metálicas presas ao solado para durar mais, que chamávamos de “ferraduras”.  O barulho era estridente, quando os estudantes caminhavam. Quando ficavam gastas, os sapatos visitavam os sapateiros para trocá-las.
Existem ainda muitos profissionais nessa área que são muito importantes, mas já não se vai ao sapateiro com tanta freqüência, pois a moda faz tudo mudar.
Nas esquinas das ruas Dias da Cruz com Magalhães Couto havia também um engraxate. O “cliente” sentava-se num “trono”alto de madeira e o profissional empregava toda sua técnica: graxa, escova e força na flanela, que deslizava em todos os sentidos, fazendo os opacos sapatos do freguês reluzirem garbosamente.
Uma frase muito comum no bairro é a seguinte: “Vai graxa Doutor?” É a voz dos meninos carentes oferecendo seus serviços de engraxate, para conseguirem alguns trocados.
Parabéns aos sapateiros, vendedores e engraxates; eles são muitos importantes no Meyer e em todos os bairros.
Não esqueçamos que um chinelo ou um sapato velho sempre nos traz conforto quando mais precisamos. E como necessitamos de conforto durante a nossa existência, não o da exuberância, mas o conforto nas coisas mais simplres.
Há uma frase muito sugestiva: “Nunca falta um chinelo velho para um pé doente”.
Josepha Barbosa Soares

27/03/12

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Manhã
Que coisa linda:
O orvalho, o sol nascendo,
meu coração renascendo.
E eu a Deus, mais
um dia
agradecendo.

Amar é
Conviver.
É querer que ele volte
antes de sair.
Sua chegada
é um eterno sorrir.
(Aniv. do Wilson).

Divino Espírito Santo
Esteja sempre
à minha frente
para que eu tudo
enfrente confiando
no teu amor.

(Josepha Barbosa Soares)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Amar, eis a missão.

AMAR, EIS A MISSÃO

Quem ama abraça
não machuca
não magoa
não ataca.
Mulher é como flor
tem amor
por vocação.
Amar é sua missão.
Mulher tem flores
no coração.
Esta homenagem
é para Maria da Penha
que sofreu
violência ferrenha.
Tu és símbolo desta
campanha.
Esta boneca
presente ao nosso Meyer
demonstra com romantismo
que mulher não foi
feita para apanhar.
Pintada por Isabel
mostra que a arte e a
poesia
colocadas no papel
querem te abraçar
e te reverenciar.
Que a força da palavra
sem violência
resolva por bem
e de mãos dadas
quaisquer turbulências.
Homens e mulheres
criem um mundo de paz
onde cada um
tenha consciência
de tudo que faz.
Esta boneca
representa a beleza da flor
onde a menina e a mulher
devem ser tratadas
com sensibilidade
e amor
em qualquer idade.
Quem ama abraça
porque não abraçarmos
esta campanha
tão justa
neste momento
tão importante para nosso
bairro?
Nos abracemos
em Paz e Bem
nós cremos!
(Josepha Barbosa Soares)
10/12/11
Nota:- Bonecas de grande porte representaram bairros do RJ, no Largo da Carioca para serem pintadas. A maioria foi "pichada", entretanto a do Meyer foi pintada com muitas flores por Isabel Souza, artista plástica do Meyer e mereceu destaque pela beleza e sensibilidade. (Josepha Soares-17 de abril de 2012).


domingo, 1 de abril de 2012

O G i r a s s o l

O  Girassol

O girassol
procura a luz do sol,
transmite beleza
e derrama as sementes
da bondade ao redor.

Sigamos o exemplo
do girassol que procura
a luz do sol.
Derramemos ao nosso
redor as sementes
da bondade e do amor.
Josepha Barbosa Soares
31-março-2012