Conservatória
Saí do Rio
com meu amor
de longa jornada.
Lá do céu
a lua nos acompanhava,
o caminho nos mostrava,
tudo iluminava
e nos abençoava.
Chegamos a Conservatória,
cidade de muita história.
No Balé dos Vagalumes,
pousada abençoada
de 165 anos de construção,
fomos acolhidos
com simpatia e dedicação.
De manhã
o galo cantou
o sol nos acordou
e nos saudou.
Pelas ruas de Conservatória
passeamos e nos encantamos,
com todas as casas e pousadas
bem elaboradas.
Em seus museus
os artistas são venerados
a saudade
descansa e mostra
a beleza das serestas e serenatas.
Na Casa do Poeta,
MOA nos emocionou,
com lindas poesias que recitou,
e os quadros que
sua esposa pintou.
Na Igreja de Santo Antonio,
Marcelo nos mostrou
as relíquias da matriz
e o trabalho dos escravos
nos encantou.
A linda celebração
do Diácono Alex
nos tocou o coração.
O artesanato,
os petiscos
e os seresteiros
atraem
pessoas do país inteiro.
Nossos pés tocavam,
pausadamente,
o calçamento pé-de-moleque,
acompanhando a serenata suavemente.
Os violões vibravam
e os seresteiros lembravam
os BORJES que tanto amaram
aquele pedacinho de céu,
onde cada casa
tem uma plaquinha
com melodias de ternura.
Também o sol
fica sensibilizado
e distribui seu brilho
nas manhãs de domingo
em alegre solarata
A Rua das Flores,
iluminada pela lua,
nos obriga a sonhar
é um convite para amar
e a locomotiva 206
é a estátua
mostrando o passado presente
ao olhar
extasiado do visitante.
O "Túnel que chora"
talvez traduza nas lágrimas
a nossa mágoa
na hora da despedida
do "pedacinho do céu"
que deixamos com saudades
e muito carinho.
Conservatória,
recanto de encanto
e grande magia,
onde se encontram:
música, paz e poesia,
que a todos contagia
(Josepha Barbosa Soares)
2 de julho de 2006
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