terça-feira, 23 de julho de 2013

Conservatória.

Conservatória

Saí do Rio
com meu amor
de longa jornada.

Lá do céu
a lua nos acompanhava,
o caminho nos mostrava,
tudo iluminava
e nos abençoava.

Chegamos a Conservatória,
cidade de muita história.
No Balé dos Vagalumes,
pousada abençoada
de 165 anos de construção,
fomos acolhidos
com simpatia e dedicação.

De manhã
o galo cantou
o sol nos acordou
e nos saudou.

Pelas ruas de Conservatória
passeamos e nos encantamos,
com todas as casas e pousadas
bem elaboradas.

Em seus museus
os artistas são venerados
a saudade
descansa e mostra
a beleza das serestas e serenatas.

Na Casa do Poeta,
MOA nos emocionou,
com lindas poesias que recitou,
e os quadros que
sua esposa pintou.

Na Igreja de Santo Antonio,
Marcelo nos mostrou
as relíquias da matriz
e o trabalho dos escravos 
nos encantou.

A linda celebração 
do Diácono Alex
nos tocou o coração.

O artesanato,
os petiscos
e os seresteiros
atraem
pessoas do país inteiro.

Nossos pés tocavam, 
pausadamente,
o calçamento pé-de-moleque,
acompanhando a serenata suavemente.

Os violões vibravam
e os seresteiros lembravam
os BORJES que tanto amaram
aquele pedacinho de céu,
onde cada casa
tem uma plaquinha
com melodias de ternura.

Também o sol
fica sensibilizado
e distribui seu brilho
nas manhãs de domingo
em alegre solarata

A Rua das Flores,
iluminada pela lua,
nos obriga a sonhar
é um convite para amar
e a locomotiva 206
é a estátua
mostrando o passado presente
ao olhar
extasiado do visitante.

O "Túnel que chora"
talvez traduza nas lágrimas
a nossa mágoa
na hora da despedida
do "pedacinho do céu"
que deixamos com saudades
e muito carinho.

Conservatória,
recanto de encanto
e grande magia,
onde se encontram:
música, paz e poesia,
que a todos contagia

(Josepha Barbosa Soares)
2 de julho de 2006

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