terça-feira, 23 de julho de 2013

Minha veia poética.

Minha Veia Poética

Atendendo à nobre campanha
de doar sangue ao irmão,
segui meu coração
pra fazer a doação.

Podemos vidas salvar
com este gesto salutar.
Cheguei ao hospital
num dia de temporal.

Fui recebida
pela Assistente Social:
perguntou se eu estava em jejum.
Respondi que alimento
não comi nenhum.

Quis saber meu tipo sangüíneo.
Não sabia se A, B, C ou O
só sabia qual fosse
com prazer eu doaria.

Falou que tenho direito
após a doação
a um lanche
para boa recuperação.

“O que prefere comer?”
Não precisa nada me oferecer,
mas se tiver sopa de letrinhas
vou agradecer.

Começou a coleta,
não saía sangue da seringa malvada,
nem na veia esquerda,
nem da veia direita.

Chamaram o médico, enfermeiras,
seguranças, faxineiras.
Todos assustados, todos espantados
já não tinham esperanças
de realizar a  doação.

Em dado momento
na seringa insistente
um filete de sangue
foi saindo devagar
em forma de poesia.

Juntando as letrinhas
Com suavidade e carinho
surgiu a mensagem:
Seja cidadão, doe sangue, 
salve um irmão!

Assim chegaram a  conclusão
 que minha veia é poética.

            Isto foi apenas uma brincadeira para chamar atenção para algo muito sério: “DOE SANGUE“, ato de amor precioso. Muitos irmãos  podem ser salvos com este gesto solidário.
Josepha Barbosa Soares
23/07/2013
(Da Antologia Literária: Veia Poética)




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